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Autismo e Escola

Crianças autistas na escola

Embora marcada por desafios, a entrada de crianças autistas na escola pode promover um ambiente mais rico para todos.

São inúmeros os desafios enfrentados pelos pais de crianças pequenas no início da vida escolar.

Embora a legislação brasileira, por meio de inúmeras publicações, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garanta o direito à educação em escolas regulares em todos os níveis de ensino, na prática a realidade das escolas brasileiras ainda conta com barreiras e dificuldades para os estudantes autistas.

Pelo exposto acima, percebe-se a necessidade de constante atualização e capacitação dos funcionários da escola, inclusive daqueles que não são educadores. Palestras e reuniões com agentes da limpeza, da cantina, da segurança são também importantes para que eventuais comportamentos típicos das crianças autistas não sejam tolhidos ou tomados como “mal comportamento” originando punições, más orientações (ou mesmo palavras rudes) e até bullying por parte dos profissionais da instituição.

Os professores precisam de formação e apoio para promover um ambiente de aprendizado e desenvolvimento para todas as crianças.

Para iniciar a jornada desse aluno na sala de aula regular, é preciso que os professores façam o Plano Educacional Individualizado (PEI), que é elaborado para o aluno com deficiência com o objetivo de nortear o desenvolvimento do estudante.
O PEI é elaborado em parceria com a equipe de atendimento multidisciplinar professores e família serve para orientar na adaptação do conteúdo ao potencial do aluno.

Para auxiliar os educadores e pais na adaptação escolar, algumas estratégias podem ser adotadas para melhorar o dia a dia e estimular o desenvolvimento dos pequenos em escolas de ensino regular, onde irão conviver crianças típicas e atípicas.

É importante que antes de começarem as aulas, a criança conheça quem será seu professor e a equipe de funcionários para ter na escola um outro adulto de referência, passando um tempo agradável com eles. Assim, ela poderá se habituar a essa novidade e este fator se tornará um a menos na sua lista de possíveis causas de ansiedade no início do ano letivo.

Muitos autistas pensam visualmente.
Quando há um autista na escola, é importante que quem ensina saiba que muitos não pensam com a mesma linguagem das crianças neurotípicas. Alguns autistas pensam, por exemplo, com fotos, desenhos e outros códigos visuais. Para crianças pequenas, por exemplo, algumas noções básicas como “para cima” ou “para baixo” ainda estão sendo ensinadas.
Você pode utilizar cartões com figuras, esse tipo de hábito pode funcionar muito bem se o autista mostrar mais interesse em coisas mostradas do que as faladas.

Evite instruções verbais longas.
Muitos autistas têm grande dificuldade em memorizar sequências. Por isso, estruture um modelo de respostas e tomadas de decisão que a criança consiga lembrar.

Trabalhe as habilidades da criança como uma forma de preparação para o futuro.
Autistas podem apresentar algumas manias e alguns hiperfocos. Isso significa que eles vão colocar muito esforço e interesse em algumas áreas específicas. Como, afinal, usar isso para levá-lo numa direção que beneficie seus próximos anos? Talvez ele ame demais um certo tipo de desenho animado? Você pode incentivá-lo a aprender mais sobre aquele universo de maneira prática. É um autista que ama o som que algo faz quando toca o vidro? Talvez ele possa descobrir que aquilo vira música.


Algumas habilidades vão parecer mais “úteis” que outras, mas tudo pode se transformar num caminho de aprendizado. Lembre-se que um dia esse autista vai crescer e precisará disputar seu próprio espaço na sociedade e no mercado de trabalho.

Escrever pode ser o terror do autista na escola
Infelizmente, muitos autistas têm dificuldades motoras. Por isso, a escrita pode ser assustadora. Nesse caso, pode ser que você precise permitir que esse aluno autista utilize um computador ou tablet para fazer as tarefas. É uma das formas em que você pode diminuir a frustração do autista. Além disso, lembra que falamos sobre os recursos visuais? Os dispositivos podem oferecer não só a escrita como vários outros recursos interessantes.

Alguns autistas têm ecolalia.
Algumas crianças aprendem a ler melhor com lições de fonética, enquanto outras memorizam as palavras inteiras. Porém, se a criança tem ecolalia, que é aquele hábito de repetir palavras ou sílabas, o método precisa ser adaptado. Elas provavelmente vão aprender melhor se você utilizar cartões visuais ilustrados sobre as palavras. É muito importante que tanto a palavra quanto a imagem estejam do mesmo lado do cartão.
Certifique-se de que a criança está vendo a palavra e ouvindo o som ao mesmo tempo.

Texto; Gisele ( mãe de autista )

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