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Universidade Gratuita em SC

Aluno com patrimônio de R$ 855 milhões foi beneficiado pelo Universidade Gratuita em SC

  • (Foto: Ricardo Wolffenbüttel, Secom SC, Arquivo NSC -

De acordo com o relatório do TCE, outros 18 alunos beneficiados com bolsas do programa tinham patrimônio familiar acima de R$ 200 milhões; Polícia Civil investiga o caso

Um total de 1.260 alunos com patrimônio familiar acima de R$ 1 milhão foram beneficiados com uma das bolsas do Universidade Gratuita, programa do governo estadual que concede bolsas em universidades privadas. Entre eles, está um estudante com patrimônio familiar de R$ 855 milhões. O É o que aponta um relatório do Tribunal de Conta de Santa Catarina (TCE-SC), divulgado na segunda-feira (21). O programa é alvo de denúncias de fraudes desde junho deste ano.

De acordo com o relatório do TCE, 19 alunos beneficiados com bolsas do programa tinham patrimônio familiar acima de R$ 200 milhões. O documento foi divulgado no Diário Oficial Eletrônico do órgão, quando o tribunal encaminhou dados detalhados dos alunos inspecionados para o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e para a Secretaria de Estado da Educação (SED). 

“Caso as informações não decorram de erro grosseiro de preenchimento pelos alunos, chama a atenção a existência de grupos familiares com tais valores patrimoniais e que apresentem renda dentro da margem fixada pelos programas, tendo em vista que, provavelmente, essas famílias possuam imóveis alugados, rendimentos de atividade empresarial, rendimentos de aplicações financeiras, entre outras formas de auferimento de renda a partir do patrimônio de sua titularidade”, diz trecho do documento. 

O relatório do TCE, divulgado em junho, apontou indícios de irregularidade em 18 mil cadastros de alunos inscritos em dois programas do Governo do Estado — além do Universidade Gratuita, a apuração também considera o Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (Fumdesc), que tem bolsas oferecidas em faculdades particulares de SC.

Veja a lista com patrimônio familiar dos alunos

  1. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 855 milhões 
  2. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 581 milhões
  3. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 485  milhões
  4. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 483 milhões 
  5. Aluno do semestre 2024-2: patrimônio familiar de R$ 400 milhões 
  6. Aluno do semestre 2024-1: : patrimônio familiar de R$ 390 milhões 
  7. Aluno do semestre 2024-2 : patrimônio familiar de R$ 357 milhões 
  8. Aluno do semestre 2024-2: patrimônio familiar de R$ 350 milhões 
  9. Aluno do semestre 2024-2: patrimônio familiar de R$ 350 milhões 
  10.  Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 350 milhões 
  11. Aluno do semestre 2024-2: patrimônio familiar de R$ 350 milhões 
  12. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de  R$ 321 milhões 
  13. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 300 milhões 
  14. Aluno do semestre 2024-1:patrimônio familiar de R$ 266 milhões 
  15.  Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 250 milhões 
  16.  Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 235 milhões 
  17. Aluno do semestre  2024-2: patrimônio familiar de  R$ 233 milhões 
  18. Aluno do semestre 2024-2: patrimônio familiar de R$ 210 milhões 
  19. Aluno do semestre 2024-1: patrimônio familiar de R$ 200 milhões 

Governo notifica 130 alunos

Conforme apurado pelo colunista Ânderson Silva, da NSC, o governo de Santa Catarina vai começar a notificar, a partir desta quinta-feira (24), 130 estudantes identificados pela investigação da Polícia Civil que apurou possíveis inconsistências nos cadastros do Programa Universidade Gratuita e Fumdesc. Após receber a notificação, o aluno terá cinco dias úteis para apresentar suas justificativas para a Comissão Estadual de Fiscalização dos programas, para análise. Caso o estudante não responda dentro do prazo, o benefício será suspenso.

Os 130 alunos são os mesmos que a Polícia Civil pediu ao Judiciário para fazer busca e apreensão contra eles. No entanto, a Justiça negou os mandados por falta de provas. A partir da análise dos dados, a Secretaria de Educação (SED) irá adotar as providências cabíveis diante das eventuais inconsistências e indícios de irregularidades apontados.


por: Júlia Venâncio

NSC

(Foto: Ricardo Wolffenbüttel, Secom SC, Arquivo NSC


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