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Caso Pizzolatti

Ministério Público denuncia ex-deputado João Pizzolatti por tentativa de homicídio

A promotora Patrícia Dagostin Tramontin, da 1ª Promotoria de Justiça de Blumenau, denunciou o ex-deputado João Pizzolatti por tentativa de homicídio e embriaguez ao volante. O caso tem origem no acidente de trânsito em que ele se envolveu no dia 20 de dezembro na rodovia Werner Duwe, entre Blumenau e Pomerode.

O caso foi investigado pela polícia, que depois encaminhou os autos ao Ministério Público. Se a Justiça aceitar a denúncia da promotora, Pizzolatti passa a ser réu no processo. Na decisão, publicada nesta segunda-feira, dia 19, a representante do MP afirma que Pizzolatti não tinha condições de dirigir no dia do acidente e que, ao fazê-lo, assumiu o risco de causar lesões graves à vítima, Paulo Marcelo dos Santos, 23 anos. 

"Nesta condição, ao invés de conduzir o veículo com maior cautela já que estava com a capacidade psicomotora totalmente alterada pela elevada ingestão de álcool, o denunciado fez exatamente ao contrário, na medida em que dirigia em zigue-zague e imprimia velocidade superior à permitida (basta ver a dimensão dos estragos produzidos com o impacto), sendo que na altura do Km 17, em uma curva, invadiu completamente a contramão de direção e acabou colidindo violentamente contra o veículo Fiat/Mobi Like, placas QIQ-4495, conduzido regularmente por Paulo Marcelo Santos, que pela rapidez da invasão de sua pista não teve a mínima chance de evitar o choque e ficou praticamente destruído". 

Patrícia Dagostin Tramontin recorre aos depoimentos de policiais rodoviários e de testemunhas para acusar Pizzolatti de provocar o que poderia ter se transformado em tragédia. Ela inclusive relaciona 10 pessoas que podem testemunhar no processo, incluindo patrulheiros e o médico do Samu que atendeu o acidente. 

"Apesar do absoluto descaso do denunciado, da intensidade do choque e da fúria das chamas, graças à eficiente intervenção de terceiros a vítima Paulo não foi a óbito. Porém, comprovou-se nos autos que sofreu múltiplas lesões corporais graves, destacando-se dentre elas algumas fraturas ósseas do punho esquerdo, joelho direito e pé direito, bem como queimaduras de 1º e 3º graus, distribuídos pela região inferior do abdome, mão direita, membro inferior direito e coxa esquerda". 

A promotora ainda solicitou à Justiça que a Polícia Civil faça exames complementares acerca das sequelas provocadas à vítima. Também solicita que a Delegacia Regional recolha a CNH de Pizzolatti. 


A vítima 

De acordo com informações do tio de Paulo, Ted Willian Jacinto, os médicos estão contentes com a recuperação da vítima, já que as cirurgias de enxerto deram certo. No entanto, os profissionais ainda precisam cuidar das queimaduras nas coxas de Paulo para depois fazer um procedimento cirúrgico no joelho direito, que tem uma fratura. 

"Os médicos não estão trabalhando em cima de uma previsão de alta, mas ele está se recuperando melhor. Eles achavam que teria uma maior complexidade, mas os enxertos deram certo", relata Ted. 

Contraponto

A reportagem tentou contato com o advogado que representa João Pizzolatti no processo, mas até o momento não foi possível encontrá-lo.


Fonte Jornal O Município - Blumenau

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