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CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA!
No dia 20 de junho de 1942, Frei Lucínio Korte encerrava sua missão nesta terra. Ele foi um dos principais pilares para o desenvolvimento da cidade de Rodeio - não somente religiosamente, mas foi o amparo de muitos imigrantes que por aqui chegaram.
Sua história começou em 01 de julho de 1866, em Erwitte, no atual estado da Renânia, Alemanha. Em 1891 veio para o Brasil e em 1893 instalou-se na cidade de Rodeio, pois, por experiências passadas, já tinha domínio da língua italiana.
O Pároco estudava agronomia e foi o grande propagandista e incentivador das culturas do arroz, uva e fumo, o que garantiu a existência dos primeiros colonos na cidade.
?? É imprescindível a importância que ele teve e tem para a cidade de Rodeio. O município, nos moldes de hoje, agradece por todo o suporte e apoio prestado pelo Pároco no início da colonização.
FREI/PÁROCO LUCÍNIO KORTE - Quem foi esta importante figura para o município de Rodeio e região do Vale do Itajaí.
Especial 80 anos de falecimento.
Frei Lucínio Korte nasceu em 1.º de julho de 1866 em Erwitte, no atual estado da Renânia, Alemanha. Estudou no Noviciado Franciscano na Holanda e passou 15 meses em Roma, onde aprendeu a falar o idioma italiano. Em 1891 fez parte de uma comitiva de frades alemães que veio ao Brasil para dar maior assistência religiosa aos imigrantes, destinado para a Colônia Teresópolis (atual Águas Mornas/SC). Em 1892 com Armando Bahlmann e Zeno Wallbroehl conheceu o Padre Jacobs, pároco de Blumenau, para onde seria designado a trabalhar a partir de então.
Korte foi incumbido de trabalhar nas comunidades de língua italiana, por ter certo conhecimento da língua. Entre 1893 e 1895, Frei Lucínio Korte partia de Blumenau, pernoitando em casas de fiéis ou na escola paroquial de Rodeio. Em 1894 foi transferido para a Bahia, onde permaneceu por sete meses.
Em 1895 os franciscanos se fixaram em Rodeio e Frei Lucínio, que já havia retornado da Bahia, passou a registrar os primeiros documentos oficiais da comunidade, tais como o Livro de Óbitos, Livro de Batismos, Livro de Matrimônios, além de um senso geral dos moradores das comunidades de Rodeio, São Pedrinho Velho, São Pedrinho Novo, Diamantina (Pico) e Diamante.
Liderou a construção, junto à comunidade, de uma nova Igreja Matriz, inaugurada em 4 de junho de 1899 e dedicada a São Francisco de Assis. Em 22 de abril de 1900, Rodeio tornou-se paróquia, sendo até hoje a paróquia mais antiga da Diocese de Rio do Sul e, Lucínio, foi seu primeiro pároco.
Sua atuação destacada em Rodeio fez com que fosse "eleito ministro provincial" o que fez com que se tornasse o representante máximo da Província Franciscana Imaculada Conceição do Brasil, na época sediada em Petrópolis/RJ. Antes de partir fundou com o padre Fidelis Kampf o jornal L'Amico, redigido em italiano e distribuído semanalmente, com conteúdo catequético e cotidiano. Em fins de 1906, já ciente de que retornaria para Rodeio, conseguiu com que um amigo doasse um órgão de tubos para a Paróquia de Rodeio, local em que retornou em 1907 na condição de pároco permanecendo até 1909.
Lucínio Korte foi central para o estabelecimento das escolas nos núcleos italianos do Vale do Itajaí, evidenciada na construção de escolas e pela busca por materiais didáticos junto aos consulados da Itália, Áustria e de conhecidos na Alemanha. Em Rodeio, a rua da escola Benjamin Galotti (Rodeio 12) tem seu nome.
Além de suas aptidões religiosas, pedagógicas, diplomáticas, linguísticas e jornalísticas, Frei Lucínio era músico, inclusive um "exímio violinista" e incentivador das aulas de canto e música na comunidade.
Após cerca de quatro décadas atuando na comunidade rodeense, faleceu em 20 de junho de 1942, em Rodeio, onde foi sepultado. No Livro de Óbitos, inaugurado pelo próprio Lucínio Korte em 1895, o então pároco Frei Bruno Linden destacou que:
"Pode-se dizer, que a alma do querido patriarca de Rodeio viveu em Deus e para Rodeio, a cujo povo dedicou o seu primeiro amor, amor que no correr do tempo de [quase] oitenta anos nunca arrefeceu antes, mais e mais o inflamou. Todos os paroquianos e todo o convento, devotavam ao ilustre e benemérito falecido na hora da morte pesar em bom sentido. Requiescat in pace "Amen". O enterro efetuou-se num sábado, dia de frio e geada extraordinária que fez a terra e as plantas chorar pelo falecimento de seu grande amigo e benfeitor. Às 4 horas se fez o enterramento debaixo dum céu claríssimo sem nuvens e sol brilhantíssimo, fortificado e embelezado pela geada e o vento frio matutino".
Rodeio agradece ao Frei por todo amor e carinho com a população e cidade. Obrigado por acolher nossos imigrantes quando mais precisaram.
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Prefeitura de Rodeio / Cultura e Turismo Rodeio
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