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Hoje em dia é muito comum ouvirmos o termo "adolescente terceirizado", ou ainda, "filho terceirizado". Mas o que realmente isso quer dizer e o que isso pode causar no desenvolvimento de um jovem?
Os filhos terceirizados são aqueles cujos pais transferem para terceiros a tarefa de cuidar, se preocupar e se responsabilizar por eles. Realmente o termo é um pouco forte, mas, atualmente, os pais estão deixando os filhos sob a responsabilidade de terceiros cada vez mais cedo para poder trabalhar. Porém às vezes a terceirização vai além do trabalho, deixando com que seus filhos se desenvolvam cada vez mais longe da observação dos pais.
O professor da Unicamp e autor de livros conceituados sobre este mesmo assunto, Dr. José Martins Filho, explica que esse "abandono" traz consequências e faz surgir a figura da "criança terceirizada". Baseado nos relatos do doutor, traremos a seguir uma lista de 4 consequências que isso pode causar.
1) Quebra de vínculos: Por mais que os pais precisem trabalhar, é muito importante que eles se planejem e que consigam ficar o maior tempo possível com seu filho. Substituir os cuidados com algum outro adulto (babá, avó, avô etc.) não é a mesma coisa.
2) Educação que os pais não aprovam: Muitos pais exigem que as escolas eduquem seus filhos. Porém, o papel da escola é alfabetizar, ensinar conhecimentos gerais, dentre outras coisas. Mas a educação vem de casa. Quem deve ensinar a andar, tirar a fralda, chupeta, falar "obrigado", "por favor", portar-se à mesa, ter afeto, modo de conversar etc., é a família! Portanto, não exija uma educação exemplar se você não tem paciência para mostrar ao seu filho o que é certo.
3) Falta de limites: Assim como na educação, os pais é que devem saber impor limites aos filhos. As crianças terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites. Isso porque os pais chegam a casa tarde da noite e não querem brigar com os filhos, não querem que chorem ou gritem por algum motivo, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos exigem. E esse tipo de atitude é crucial na educação.
4) A não valorização do outro: Diversos casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram crianças que foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis e, por viverem sob um abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar "o outro" e não pensam que as pessoas devam ser respeitadas.
Queremos deixar claro que não estamos aqui para julgar ninguém, apenas informar pessoas, por meio de dados científicos e psicológicos, sobre algumas consequências que esse tipo de conduta pode causar.
Sabemos das necessidades e entendemos as dificuldades que muitos pais enfrentam, e que em alguns casos se desdobram em jornadas duplas para garantir as despesas domésticas e o mínimo de conforto para sua família. Porém vale a pena nos questionar: Até onde a terceirização da criação de nossos filhos impactará em longo prazo nos seus desenvolvimentos sociais, empresariais e pedagógicos?
Invistam em seus filhos, pois eles são a sua maior herança.
Coordenadores da REDE ZION
de jovens da Igreja do
Evangelho Quadrangular de Rodeio
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